"Assinei pelo Dínamo por ser uma nova experiência, pelo projecto e, obviamente, pelo contrato, porque, quando acabar a minha carreira, quero vida tranquila para mim e para os meus". Quem o diz é Maniche, de forma frontal e muito directa, assumindo que o aspecto financeiro foi fundamental para a sua mudança para Moscovo. O médio espera não ter problemas de integração, contando para isso com a ajuda do irmão, Jorge Ribeiro, que o encorajou a aceitar a louca proposta russa. O FC Porto, que não esquece, também ficou a ganhar. Entrevista in Jornal "A Bola"
O Dínamo pagou 16 milhões de euros pelo seu passe e deu um passo de gigante para assegurar a contratação de um dos mais cobiçados jogadores do FC Porto. Conforme se foi escrevendo ao longo da época, não faltavam interessados na corrida por Maniche, mas os argumentos de Alexei Fedorychev falaram mais alto. E nem só a nível financeiro, porque a solidez e a ambição do projecto deixam os novos recrutas entusiasmados.
- Parto sem medo para esta aventura. Estou habituado a grandes desafios. Este é mais um e desejo ganhá-lo.
- Entre tantas propostas, algumas delas de grandes clubes europeus, por que razão assinou pelo Dínamo?
- Não sei se houve ou não propostas. Sei que as pessoas do Dínamo falaram comigo agora e só tive conhecimento deste interesse específico. Os dirigentes foram a Portugal e apresentaram-me o projecto. O negócio também era bom para o FC Porto e decidi assinar. Estou contente por isso.
- Está preparado para uma mudança tão brusca?
- Um jogador de futebol tem de se habituar a tudo. Nunca sabemos o dia seguinte. As coisas não dependiam só de mim. O FC Porto tinha uma palavra a dizer, talvez a mais importante. Estava vinculado ao clube e as decisões passavam pela administração. Os clubes chegaram a um acordo e eu aceitei as condições, também muito vantajosas a nível pessoal. As pessoas podem pensar que vou jogar num campeonato pouco competitivo, mas, quem anda no futebol, sabe que o futebol russo é evoluído. A prova disso é a vitória do CSKA na Taça UEFA.
- Este contrato de cinco anos significa a sua independência financeira?
- A vida de um futebolista não dura sempre. Por isso, há que agarrar as oportunidades, olhando também para o aspecto financeiro. Ainda é cedo para pensar nisso, mas quando acabar o futebol, quero vida tranquila para mim e para os meus. E este contrato deixa-me tranquilo.
- O Dínamo pagou 16 milhões de euros pelo seu passe. Sente maior responsabilidade por isso?
- Sempre fui responsável. A pressão existe em todo o lado e todas as equipas do Mundo não dependem apenas de um jogador. Tenho valor para triunfar em qualquer equipa e, logicamente, é isso que vou procurar no Dínamo. Se a equipa estiver bem, o sucesso é de todos, mas, se as coisas correrem mal, a responsabilidade vai cair sobre os jogadores mais conhecidos. Estou preparado para tudo.
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